Não há mais nada a dizer depois de tanto tempo,
Nada a dizer de nós dois, nada a dizer...
Um abrir de janelas, um fechar de portas,
Um respirar descompassado
Um adeus... não um até breve, não um até logo, mas um adeus...
Nada mais do que lembranças e um rosto na memória,
Se o que foi compartilhado teve a sua história,
Agora o que foi separado tem um novo começo;
O retrato de rosto sorridente se foi,
Ficou apenas a moldura que já não sorri mais
A liberdade se mostra infinita
Enquanto meu coração parece tão limitado;
Vou esperar outro dia e limpar as gavetas,
Queimar velhas poesias e tomar café na varanda,
Até que chegue o tempo
De eu me encontrar comigo.
CRIS FERREIRA