domingo, 15 de abril de 2012

OUTRO DIA



Não há mais nada a dizer depois de tanto tempo,

Nada a dizer de nós dois, nada a dizer...

Um abrir de janelas, um fechar de portas,

Um respirar descompassado

Um adeus... não um até breve, não um até logo, mas um adeus...

Nada mais do que lembranças e um rosto na memória,

Se o que foi compartilhado teve a sua história,

Agora o que foi separado tem um novo começo;

O retrato de rosto sorridente se foi,

Ficou apenas a moldura que já não sorri mais

A liberdade se mostra infinita

Enquanto meu coração parece tão limitado;

Vou esperar outro dia e limpar as gavetas,

Queimar velhas poesias e tomar café na varanda,

Até que chegue o tempo

De eu me encontrar comigo.

CRIS FERREIRA

domingo, 8 de abril de 2012

ÍNTIMO













Momento de voar...

De libertar meu coração

Das amarras do tempo

E ficar nua...

Nua de mim...

Voar e me perder

Com asas no pensamento...

Com paixão nos olhos...

E com o amor nos meus braços.

CRIS FERREIRA

LUGAR NENHUM


Corro, corro para não perder tempo

Buscando o que não sei

Querendo conhecer mais de tudo

Querendo me aprofundar em detalhes

Mas não ficando muito tempo para aprender

Quero sentir o profundo da vida

Deixando o superficial para os olhos

Corro, ainda que não chegue a lugar nenhum

Ainda que eu saiba que este lugar, é o meu lugar

Se isso se chama sonho, então eu sonho

Sonho todos os dias... todas as horas...

Até me perder de mim

Para depois me encontrar

E então descansar sobre as lembranças

Do que eu sonhei ter sido.

CRIS FERREIRA

sábado, 7 de abril de 2012

A MULHER DO ADEUS


Amor de sobras não me interessa

Sou mulher inteira, não dividida

Vivo de fatos, não de promessas

Sou o melhor da tua vida.


Se não reconhece, triste engano

Está na hora de dizer adeus

Somente palavras como: eu te amo

Não alimentam os dias meus


Fecho a porta, em frente sigo

Deixo um pouco da minha dor

O restante levo comigo:

O meu orgulho e o meu amor.


CRIS FERREIRA

sexta-feira, 6 de abril de 2012

SOU EU


Você se encontra em minhas palavras

E só entende o que quer

E muitas vezes eu me calo

Pois não sou só o que falo

Sou silêncio, sou sentimento, sou mulher.

Sou menina que ainda sonha

Sou a adulta do cotidiano

Sou a fortaleza indestrutível

Sou delicada, sensível

Sou de aço, sou de pano.

Eu me desfaço e me refaço

Quem me ama me conhece

Na realidade ou na ilusão

Só encontra o meu coração

Quem de fato o merece.

CRIS FERREIRA

quinta-feira, 5 de abril de 2012

ENCANTAMENTO


Esse brilho lançado dos teus olhos

Passeando como carícia em minha pele

Essa voz cheia de gosto

Que derrama sorrisos na minha boca

Esse teu perfume que me desnorteia

Enquanto a ilusão dança no meu sangue

Cobrindo de paixão meu pensamento

Enlouquecida minha realidade se desmancha

Se enrola no emaranhado dos meus sonhos

Descansando a tua procura em mim

E eu te abraço parando o tempo

Eternizando o meu amor no teu querer

Por um momento sou tua...

Por todos os momentos...

Saudade...

CRIS FERREIRA

quarta-feira, 4 de abril de 2012

MAIS DO QUE EU











Não posso lhe dar mais do que sou

Não há em mim, mais do que fui

Sou apenas eu, de muitas histórias...

Meus diários de coragem e de medo,

Alegrias tão intensas quanto tristezas.

Sou eu...

Um retrato de beleza das ilusões,

O feio querer de viver o não vivido.

Sou eu...

Não posso lhe dar mais do que sou

Não há em mim mais do que fui

Não espero servir ou ser aceita

Eu apenas sou...

Eu apenas estou...

Eu apenas fico...

Você é quem passa.

CRIS FERREIRA

domingo, 1 de abril de 2012


PALAVRAS AO VENTO

Tanto amor que inunda os olhos,

Lágrima fria escorre

Saudade presente

Amor de palavras

Que na espera morre

Pelo calor do toque ausente.

Tanto amor de sonhos contados

Que sobrevive de ilusão

Palavras, palavras

Folhas ao vento

Quem pode deter tal sentimento?

Quem pode julgar tal emoção?

CRIS FERREIRA