domingo, 15 de abril de 2012

OUTRO DIA



Não há mais nada a dizer depois de tanto tempo,

Nada a dizer de nós dois, nada a dizer...

Um abrir de janelas, um fechar de portas,

Um respirar descompassado

Um adeus... não um até breve, não um até logo, mas um adeus...

Nada mais do que lembranças e um rosto na memória,

Se o que foi compartilhado teve a sua história,

Agora o que foi separado tem um novo começo;

O retrato de rosto sorridente se foi,

Ficou apenas a moldura que já não sorri mais

A liberdade se mostra infinita

Enquanto meu coração parece tão limitado;

Vou esperar outro dia e limpar as gavetas,

Queimar velhas poesias e tomar café na varanda,

Até que chegue o tempo

De eu me encontrar comigo.

CRIS FERREIRA

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