quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

ANTIGO



















A casa velha,
As frestas na parede,
A pintura descascada,
O fogão de lenha.
A inocência,
A carência,
A ilusão.
Esperanças demais,
Sonhos demais,
Dobrados à espera das estações
Que passaram... passaram
Até que a vida se tornou gente grande,
E as lembranças, um relicário esquecido;
Que ninguém se interessa em ler,
Que você mesmo não se interessa em ler.

CRIS FERREIRA


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